Política

O destino da CPI dos Atos Golpistas após Lula se posicionar contra

A senadora Soraya Thronicke, que fez o pedido de criação, está disposta a levar a comissão adiante

Lula e Rodrigo Pacheco. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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Mesmo com a oposição do presidente Lula (PT), a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) pretende seguir adiante com a instalação da CPI dos Atos Golpistas, que vai investigar o vandalismo contra as sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Como adiantou CartaCapital, o governo petista quer manter distância da comissão, embora aliados do presidente defendam uma investigação dos atos no Congresso.

O pedido para criação da CPI,  feito por Soraya, ultrapassou as 27 assinaturas necessárias e aguarda a eleição para presidente do Senado, no início de fevereiro, para confirmar a instalação.

“Estamos confiantes com a instalação da CPI dos Atos Antidemocráticos no Senado Federal, tendo em vista que a adesão dos senadores foi grande, inclusive daqueles que permanecerão na próxima legislatura”, afirmou a senadora em contato com a reportagem. Alcançamos número suficiente de parlamentares que continuarão no mandato”.

De acordo com a parlamentar, o objetivo é  investigar os autores intelectuais, os financiadores e incentivadores dos ataques na capital federal.

“A CPI terá foco em apurar e desvendar todo o esquema por trás e esclarecer quem é quem, os verdadeiros responsáveis por incentivar e financiar a barbárie”, acrescentou a senadora. Estamos na iminência da eleição para Presidência do Senado Federal, mas acredito que, independente do resultado, manteremos a grande adesão dos senadores para instalação”.

Recentemente, Lula chegou a declarar que a CPI poderia gerar “uma confusão tremenda”. “Nós temos instrumentos para fiscalizar o que aconteceu neste País. Uma comissão de inquérito pode não ajudar e ela pode criar uma confusão tremenda, sabe? Nós não precisamos disso agora”, afirmou em entrevista à GloboNews.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que busca a reeleição, já disse que considera “muito pertinente” e “adequada” a abertura da comissão.

“Talvez, pela gravidade, pela magnitude que essa violação democrática, essas agressões que o estado de direito sofreu no Brasil, eu considero muito pertinente uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou o presidente do Senado.

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