Política

O papel que Daniela terá no governo após deixar o Turismo, segundo Alexandre Padilha

Um encontro com Luciano Bivar nesta sexta-feira irá acertar os detalhes de quando se dará a posse de Celso Sabino no Ministério do Turismo

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reafirmou que a saída de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo é assunto definido no Planalto. Ele, porém, ainda não soube informar quando a troca por Celso Sabino será efetivada. Na entrevista coletiva concedida em Brasília, nesta sexta-feira 7, o ministro indicou qual deverá ser o papel de Daniela após deixar o comando do Ministério.

“A definição da data [da demissão de Daniela] nós vamos construir com o União Brasil, que é o partido que indica esse Ministério. Nós vamos definir essa data, provavelmente, na próxima semana, porque eles [líderes do partido no Congresso] não estão em Brasília. Foi isso, inclusive, que impediu esse contato com essas lideranças em outras datas. Quero trazer essas lideranças ao presidente Lula”, disse Padilha na entrevista.

Sobre o futuro da ministra, Padilha indicou que ela se colocou à disposição para seguir como base de apoio do governo Lula no Congresso Nacional. Padilha disse também que foi prometido um ‘papel de protagonista’ para Daniela entre os parlamentares.

“Conversamos ontem com a Daniela, que reafirmou seu compromisso com o governo Lula, e tratamos da nossa intenção de que ela, ao ir para o Congresso Nacional, tenha o papel de protagonismo”, disse Padilha.

Segundo o ministro, Daniela voltará à Câmara dos Deputados para assumir ‘um papel importante’. Mais adiante, indicou que o governo poderá nomear a ex-ministra para o cargo de vice-liderança do governo Lula no Congresso Nacional.

O deputado Celso Sabino assume a pasta após um mês de pressão do União Brasil. A crise se abriu após Daniela decidir sair da legenda, motivada por discordâncias com Luciano Bivar e outros integrantes da cúpula. Ela está em vias de se filiar ao Republicanos,  embora seu presidente, Marcos Pereira, negue a intenção de compor a base do governo.

Na quinta-feira, Daniela colocou seu cargo à disposição em uma reunião com o presidente Lula (PT). Após o encontro, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, chegou a sinalizar que ela estaria mantida no cargo. A queda, porém, foi confirmada horas depois por Padilha, em nota, ainda que a troca não tenha sido formalizada.

Daniela havia sido indicada após articular o apoio ao petista na Baixada Fluminense no segundo turno. Sabino, por sua vez, é aliado do presidente do União, Luciano Bivar, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Outras trocas

O ministro também foi questionado sobre a possibilidade de que outras trocas de ministros ocorram para que o governo contemple demandas de partidos do Centrão.

O cargo de Wellington Dias, no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, estaria na mira dos partidos. Ele negou as mudanças, mas reforçou que o governo estaria ‘sempre aberto’ aos pedidos de partidos que queiram integrar a base do governo.

“O governo está absolutamente aberto a discutir a entrada no governo de outras forças políticas e outros setores da sociedade que não estejam no governo, sobretudo de parlamentares que fizeram campanha para o presidente Lula ou que sinalizaram apoio ao governo após o dia 8 de Janeiro, quando conseguimos estancar atos golpistas no País”, disse.

Recentemente, o Ministério da Saúde foi alvo de pressão, mas Nísia Trindade resistiu por ação de Lula. O Ministério dos Esportes é outra pasta visada por parlamentares.

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