Justiça

O papel de cada envolvido na negociação de jóias ‘dadas’ a Bolsonaro, segundo a PF

Mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF tem como alvos a família Cid, o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef

PF mira entorno do ex-capitão em nova operação. São alvos: o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; seu pai, o general Mauro Lourena Cid; e o advogado do clã do ex-capitão Frederick Wassef. Fotos: Câmara dos Deputados;Alesp; e AFP
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A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira 11, mandados de busca e apreensão em operação que apura venda de presentes dados ao Estado brasileiro durante missões oficiais ao exterior. 

Entre os alvos da operação estão o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, além de outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Osmar Crivelatti. Outro alvo é Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito das investigações contra milícia digitais. Os documentos foram obtidos pelo UOL. 

Conforme indícios obtidos por meio das investigações, o pai de Cid teria participado da venda as joias e chegou a emprestar sua conta bancária para o recebimento dos valores relativos aos bens. 

Já Wassef teria entrado no esquema com a função de recompra parte dos itens vendidos por Mauro Cid para devolvê-los ao Tribunal de Contas da União, quando as joias entraram na mira da Justiça. 

O terceiro alvo da operação, Crivelatti seria o responsável por guardar o patrimônio privado de Bolsonaro em uma fazenda do ex-piloto Nelson Piquet, em Brasília. 

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro “para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, informou a PF.

Os valores referente a vendas de presentes recebidos em viagens internacionais teriam sido convertidos em dinheiro vivo e “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, segundo a PF.

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