Justiça

‘Não sairemos até a GLO’: a nova denúncia da PGR ao STF sobre o 8 de Janeiro

Mensagens indicam a preparação dos atos de violência: ‘Bolsonaro deveria entrar no STF com uma metralhadora’

O ministro do STF, Alexandre de Moraes. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
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A Procuradoria-Geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal uma paranaense envolvida nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 que teria projetado uma “investida para a tomada de poder”, sem “dia para acabar”, em suas próprias palavras.

Uma das mensagens obtidas pelos investigadores em um celular apreendido dizia: “Bolsonaro deveria é entrar dentro do STF com uma metralhadora e metralhar todos os ministros, kkk”. Os detalhes da denúncia foram revelados neste domingo 28 pela coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Segundo a PGR, Shirley Faethe de Andrade manifestou em um grupo de mensagens o caráter violento do ato: “preparem as máscaras de gás, pano úmido e água no cantil, spray de pimenta, colete, capacete; bala de borracha não vai faltar”.

Após a depredação de parte do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, ela acrescentou, conforme a denúncia: “daqui não sairemos até que seja decretada a GLO” e “só sai se o Exército vir. Senão nós vai (sic) preso”.

A PGR apresentou ao STF 1.113 denúncias referentes ao inquérito sobre autores intelectuais e instigadores das invasões e 270 denúncias na apuração contra os executores dos atos.

Os ataques também levaram a 1.645 prisões, das quais 1.557 viraram decisões de liberdade provisória mediante medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Atualmente, 88 pessoas estão presas, 13 delas já condenadas, enquanto 42 são alvo de denúncia e 33 têm inquéritos em andamento.

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