Política

Não me imagino sem arma na moto, mas uma vez levaram minha moto e minha arma, diz Bolsonaro

No cercadinho do Alvorada, o ex-capitão voltou a recorrer a clichês da extrema-direita, como a defesa intransigente do armamento da população

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou nesta quarta-feira 27 a negar responsabilidade pela disparada nos preços dos combustíveis ao longo dos últimos meses e a divulgar fake news sobre seu principal adversário nas eleições de outubro, o ex-presidente Lula (PT).

Em contato com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, o ex-capitão também recorreu a clichês da extrema-direita, como a defesa intransigente do armamento da população.

“Tem de comprar arma de fogo. Os vagabundos têm, por que você não pode ter?”, perguntou Bolsonaro a seus militantes. Ele relembrou um episódio no Rio de Janeiro em que, a despeito de estar armado, foi assaltado.

“Motociclista desarmado. A princípio, se ele quiser andar armado, tem de ser um direito dele. Eu fui motociclista, parei agora por causa da idade e da minha função. Nunca consegui me imaginar sem duas armas na minha moto no Rio de Janeiro. Uma vez fui pego ainda, fui surpreendido. O cara levou minha moto e minha arma. Dois dias depois recuperei a moto e a arma.”

Bolsonaro também afirmou que “o poder não emana do povo”, em contraposição ao artigo 1º da Constituição de 1988, a declarar que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

“Se emanasse do povo, o povo cubano seria livre”, disse o presidente no cercadinho. “Será que é tão difícil entender as coisas? O povo se acostumou com a mentira mansa. ‘Ah, ele é grosso, fala palavrão’. Está procurando um presidente ou um marido?”

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