Política

Múcio promete proposta definitiva para dar apoio aos Yanomami

Ministro negou que não tenham sido disponibilizadas aeronaves para levar comitiva à Terra Yanomami

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, prometeu nesta segunda-feira 22 que apresentará até o fim da semana um projeto para atuação definitiva das Forças Armadas na região da Terra Indígena Yanomami.

A fala de Múcio vem após a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, revelar que o Ministério da Defesa teria se negado a disponibilizar aeronaves do Exército para levar uma comitiva de ministros de Estado à Terra Yanomami.

Após isso, o ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, coordenador dessa operação interministerial na região, pediu apoio da Defesa.

“Ele [ministro Rui Costa] me pediu, e eu vou apresentar, até o final desta semana, uma proposta para que esse trabalho lá, no Norte, seja definitivo. Nós vamos ter que deixar uma aeronave definitiva, é uma coisa que nós vamos apresentar. Mas, quando põe em algum lugar, falta em outro lugar”, observou o ministro da Defesa.

Denúncias feitas por líderes indígenas locais apontaram falta de controle do espaço aéreo próximo à Terra Yanomami e, em consequência, a continuidade das atividades ilegais de garimpo no território.

José Múcio negou que não tenham sido disponibilizadas aeronaves para levar ministros à Terra Yanomami, na última semana, e reforçou que o diálogo interministerial já existe.

“Evidentemente, que nós [Ministério da Defesa] não temos aviões, nem helicóptero no estoque, na prateleira […]. Nós temos o mesmo número de aeronaves há alguns anos e temos mais ministros, temos outras ações. E essa questão dos yanomami precisa de atenção especial.”

Crise humanitária

Entrevista coletiva nesta segunda-feira, o ministro José Múcio disse que entendia que, após a primeira ocorrência na TI Yanomami, que resultou na prestação de assistência conjunta por diversos ministérios, que a crise teria parado.

“Depois, o problema parou. Não era uma coisa definitiva, uma operação continuada. Então, nós voltamos [do território indígena]. Agora, o problema voltou.”

Segundo o ministro, por causa da persistência da crise humanitária, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma proposta definitiva, há cerca de duas semanas, após longa reunião com representantes de outras pastas envolvidas com a temática.

“O presidente da República, desta vez, nos reuniu e recomendou que nós apresentássemos uma proposta para que a solução fosse definitiva, ou seja, que nós deixássemos um contingente lá, com crise ou sem crise, mas sempre à disposição desse problema.”

(Com informações da Agência Brasil).

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