Política
MPF denuncia novamente Sérgio Cabral por corrupção
Ex-governador ‘aceitou promessa e efetivamente recebeu vantagem indevida para exercer o seu cargo’, apontam os procuradores
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou mais uma vez o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral por corrupção passiva e ativa. O operador financeiro de Cabral, Luiz Carlos Bezerra, e o dono da construtora Macadame, Maciste Granha de Mello Filho, também foram denunciados pelos mesmos crimes. Contra Maciste pesa ainda uma acusação por organização criminosa.
Segundo a denúncia do MPF, registros contábeis apreendidos com Bezerra demonstram que Maciste direcionou ao menos oito pagamentos à organização criminosa entre 2011 e 2017, os quais totalizam mais de 550 mil reais.
A construtora Macadame possuía contratos firmados com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER/RJ) para execução de obras estaduais. Somente com trabalhos na Rodovia RJ-125, a empresa recebeu 118 milhões de reais, de acordo com os procuradores.
A apuração do MPF também revelou a proximidade de Maciste com outros membros da organização criminosa. Ele era vizinho de Cabral e participou de eventos sociais ao seu lado, segundo o MPF, como o aniversário de Sérgio de Castro Oliveira, outro operador financeiro do ex-governador do Rio.
“Como se vê, o denunciado Sérgio Cabral, no exercício do seu mandato como governador do Estado do Rio de Janeiro, solicitou, aceitou promessa e efetivamente recebeu vantagem indevida para exercer o seu cargo com especial atenção para os interesses privados do denunciado Maciste Granha de Mello Filho”, afirmam na denúncia os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Somadas, as condenações já sofridas por Cabral resultam em uma pena de mais de 290 anos de prisão. Ele responde a 31 ações penais provenientes da Lava Jato e a duas por outros crimes. O ex-governador está preso desde novembro de 2016, no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro.
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