Política

MP de Santa Catarina abre investigação sobre prefeita bolsonarista que jogou livros no lixo

Juliana Maciel, de Canoinhas, se referiu às obras como ‘porcaria’, por não respeitarem seus ‘valores’

Fotos: Reprodução/Redes Sociais
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O Ministério Público de Santa Catarina instaurou nesta sexta-feira 19 um procedimento para apurar o descarte irregular de livros de uma biblioteca pública em Canoinhas.

A investigação ficará a cargo da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas.

A prefeita Juliana Maciel (PL) publicou nas redes sociais um vídeo no qual aparece jogando livros no lixo em uma biblioteca chamada de Mundoteca. Ela se referiu às obras como “porcaria” e alegou que não seriam adequadas para crianças e adolescentes, por não respeitarem seus “valores”.

“Mais uma vez o governo do PT faz este tipo de coisa. Não é o que realmente uma criança ou até um adolescente precisa ler numa biblioteca. Então, aqui em Canoinhas, a gente jogou esse tipo de porcaria no lixo”, disse Maciel, que se elegeu pelo PSDB, mas migrou para o partido de Jair Bolsonaro no ano passado.

Ela não revelou na gravação de quais livros se desfez, nem mencionou o conteúdo deles. Instou, porém, outros prefeitos a fazerem um “pente-fino para ver se também não estão sendo enganados mais uma vez por essa política do que a gente não acredita”.

Posteriormente, a prefeitura alegou, em nota, que os livros O Aparelho Sexual Cia e As melhores do analista de Bagé “trazem desenhos e textos de cunho sexual”. Além disso, diz a gestão municipal, “por não condizerem com o que a Secretaria Municipal de Educação preza e ensina às crianças e adolescentes, foram retirados do acervo”.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou, por sua vez, que a Mundoteca não é uma ação do governo federal, mas da FGM Produções. Segundo a Secom, o projeto apenas foi aprovado para captar recursos via Lei de Incentivo Cultural, em 2018, com execução entre 2019 e 2023.

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