Política

Moro é uma figura insignificante e vai ser um candidato medíocre em 2022, diz Lula

Ex-presidente também rebateu Bolsonaro que tentou por dúvidas sobre as pesquisas eleitorais: ‘Estão mostrando a mais pura verdade’

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a avaliar a candidatura do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) nesta terça-feira 1º. Para o petista, o ex-juiz é uma ‘figura insignificante’ e será um ‘candidato medíocre’. Na conversa, destacou ainda não acreditar em qualquer nome da chamada terceira via. As declarações foram dadas em entrevista à rádio Super Tupi, do Rio de Janeiro.

“Não acredito em 3ª via e não acredito que o Moro tenha muito futuro na política. Sinceramente de vez em quando fico pensando se devo falar do Moro ou não, porque ele é uma figura insignificante, um deus de barro, construído para me prejudicar”, respondeu Lula ao ser questionado sobre a força do ex-juiz na disputa eleitoral.

Acho que ele vai ser medíocre como candidato a presidente da República. Vamos esperar o tempo para saber efetivamente o que vai acontecer com esse cidadão que na minha opinião tem uma ligação duvidosa com a CIA e com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos”, acrescentou na análise.

O ex-presidente tratou ainda de rebater as declarações de Jair Bolsonaro (PL) que tentaram colocar dúvidas sobre os resultados das pesquisas eleitorais. Nesta segunda-feira 31, o ex-capitão mentiu sobre os levantamentos ao dizer que a vantagem de Lula seria ‘apenas na margem de erro’. O petista, no entanto, aparece com ampla diferença, liderando os levantamentos por cerca de 20 pontos percentuais, tendo, em alguns casos, intenções de voto que superam a soma de todos os demais candidatos na disputa.

“Eu acho que as pesquisas estão mostrando a mais pura verdade. O povo está cansado do Bolsonaro, com saco cheio do Bolsonaro, o povo quer alguém que de um pouco de confiança e esperança. É isso que o povo está querendo para 2022, porque Bolsonaro é um pesadelo”, rebateu o ex-presidente.

Sobre a possível aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Lula repetiu a declaração de ‘nem ele é candidato, nem Alckmin escolheu um partido’. Apesar da ‘negativa’, novamente acenou positivamente para a composição.

“Quando eu decidir a candidatura e ele decidir o partido, quem sabe a gente consiga concretizar uma aliança política”, resumiu o ex-presidente.

Ainda na conversa, Lula também voltou a acenar positivamente para o apoio do PT a Marcelo Freixo (PSB) na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. A aliança entre os dois partidos no estado está praticamente 100% definida.

“Não sei quantos palanques eu vou ter no Rio de Janeiro. O que sei é que o PT está na posição de apoiar o Freixo”, disse. “Freixo é um extraordinário candidato para o Rio de Janeiro ou qualquer outro estado do Brasil porque é uma pessoa altamente qualificada e tem demonstrado a sua luta em defesa da paz, da harmonia e do desenvolvimento”, elogiou Lula.

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