Justiça

Moraes projeta julgamento de ‘casos mais graves’ do 8 de Janeiro em até 6 meses

O ministro afirmou que as ações penais serão analisadas pelo STF em blocos de 30 réus

O ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a Corte pretende julgar até o final do ano os processos dos acusados de participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Ele traçou um panorama dos julgamentos nesta terça-feira 13, durante um evento promovido pela revista piauí, em Brasília (DF).

“Espero que, em até seis meses, todos os processos estarão acabados”, afirmou Moraes. Ele disse, porém, que o prazo poderá ser estendido, uma vez que o recebimento das denúncias ainda não foi finalizado. 

“O prazo pode passar, porque ainda não conseguimos terminar o finalzinho do recebimento das denúncias, porque alguns foram trocando de advogados”, observou. Ainda assim, segundo Moraes, “pelo menos 250 presos, que são os crimes mais graves, nesses seis meses o Supremo vai encerrar”.

Neste momento, 253 pessoas presas em flagrante pelo 8 de Janeiro estão detidas, sendo 186 homens e 67 mulheres. Outros 1.245 investigados já foram transformados em réus.

Além das investigações no STF, o tema é objeto da CPMI do 8 de Janeiro. Na última sexta-feira 9, o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), anunciou uma reunião com Moraes para pleitear o acesso a dados da investigação no Supremo.

Nesta terça, Moraes declarou que o número de testemunhas a serem ouvidas no processo ainda será definido, uma vez que as defesas prévias dos acusados não foram apresentadas. Segundo o magistrado, as ações penais serão analisadas em blocos de trinta réus. A fórmula de trabalho foi definida com a Procuradoria-Geral da República.

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