O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu nesta sexta-feira 4 o prazo de cinco dias para que a Presidência da República explique “as condições oficiais de participação” do vereador carioca Carlos Bolsonaro, do Republicanos, na comitiva presidencial que viajou à Rússia em fevereiro.
Moraes determinou a apresentação de dados sobre a agenda em Moscou e os gastos, como em diárias. Também mandou a Câmara Municipal do Rio informar se houve licença oficial do vereador no período da viagem.
A decisão se dá no âmbito de uma ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá.
Randolfe cobrou a apuração das “circunstâncias da viagem da comitiva presidencial à Rússia, em especial dos integrantes do conhecido ‘Gabinete do Ódio’, e seus reflexos sobre a integridade das eleições de 2022”.
Segundo Randolfe, ministros como Paulo Guedes, Anderson Torres e Tereza Cristina foram preteridos “para manutenção das presenças questionáveis do vereador internacional Carlos Bolsonaro e do ‘especialista’ internacional Tercio Arnaud, que estariam tendo agendas bastante estranhas em solo russo”.
Na quarta-feira 2, a Procuradoria-Geral da República afirmou ao STF que não identificou indícios de crime na ida de integrantes do chamado “Gabinete do Ódio” à Rússia, mas pediu que fosse enviado um ofício ao Palácio do Planalto para que o governo preste informações sobre o assunto “se entender pertinente”.
Na peça, Randolfe também pede que a viagem de Carlos e Arnauld seja incluída no Inquérito das Milícias Digitais.
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