Justiça

Moraes manda a PF retomar investigação sobre interferência de Bolsonaro

A tramitação estava suspensa por decisão de Marco Aurélio Mello emitida no ano passado

Moraes manda a PF retomar investigação sobre interferência de Bolsonaro
Moraes manda a PF retomar investigação sobre interferência de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a retomada das diligências do Inquérito 4.831, aberto em 27 de abril de 2020, que trata da suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, prática relatada por Sérgio Moro ao deixar o Ministério da Justiça.

O despacho, emitido nesta sexta-feira 30, estabelece a prorrogação da apuração por 90 dias, a partir de 27 de julho, prazo já assegurado em decisão de 20 de julho. Segundo Moraes, “não se justifica” a manutenção da suspensão antes imposta por Marco Aurélio Mello.

Em setembro, quando ainda era ministro, Mello decidiu congelar a tramitação do inquérito. A decisão previa a necessidade de que a Corte, em conjunto, julgasse a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro prestar depoimento por escrito. A indefinição, no entanto, travou o inquérito.

“Assim, determino a imediata retomada da regular tramitação deste inquérito, independentemente do julgamento do agravo regimental interposto pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, que está previsto para data breve, 29/9/2021”, escreveu Moraes.

Bolsonaro nega prática de crime e diz que o inquérito é uma farsa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo