Política

Moraes diz que impeachment de Dilma, por supostas pedaladas, seguiu ‘as regras do jogo’

Ascensão de vices e eleições subsequentes representam ‘prova de maturidade política e democrática’, segundo o ministro do STF

Moraes diz que impeachment de Dilma, por supostas pedaladas, seguiu ‘as regras do jogo’
Moraes diz que impeachment de Dilma, por supostas pedaladas, seguiu ‘as regras do jogo’
O ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta sexta-feira 6 que o Brasil passou por dois processos de impeachment “sem sair das regras do jogo”, em referência aos casos de Fernando Collor, em 1992, e Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Collor renunciou antes da conclusão do impedimento e Itamar Franco, então vice, assumiu a Presidência. No caso de Dilma, Michel Temer (MDB) foi levado ao poder após o procedimento, baseado em supostas “pedaladas fiscais”.

Moraes comentou o tema durante o II Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

“O Brasil superou dois impeachments, um de um presidente à direita e outro de uma presidente à esquerda, sem sair das regras do jogo“, disse o ministro. “Nesses dois procedimentos por crime de responsabilidade, se somarmos os mandados de segurança no STF, são mais de 100. Todos os partidos, de esquerda e de direita, jogaram pela regra do jogo constitucional, com as impugnações perante o Supremo.”

Alexandre de Moraes ainda exaltou o fato de os vice-presidentes terem assumido a Presidência em ambos os casos e, na sequência, o País ter passado por eleições. “Isso é prova de maturidade política e democrática. Não houve necessidade de nenhuma medida de exceção, nem interrupção no Estado Democrático de Direito”, acrescentou.

Em agosto deste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirmou o arquivamento de uma ação de improbidade contra Dilma no caso das supostas “pedaladas”. Ato contínuo, o vice-líder do governo Lula na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou um projeto de resolução para anular as sessões do Congresso que chancelaram a cassação do mandato da então presidenta.

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