Justiça

Moraes decide prorrogar o Inquérito das Milícias Digitais

A investigação nasceu no ano passado, após o encerramento do inquérito que mirava o financiamento e a realização de atos antidemocráticos

Moraes na sessão que o levou ao mais alto cargo do TSE. Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por 90 dias o inquérito que apura a atuação de milícias digitais contra a democracia.

A investigação nasceu em julho do ano passado, após o encerramento do inquérito que mirava o financiamento e a realização de atos antidemocráticos.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (6 de julho de 2022), o presente inquérito”, diz o despacho de Moraes, assinado em 6 de julho e publicado nesta terça-feira 12.

Em maio deste ano, Moraes uniu o Inquérito das Milícias Digitais à investigação sobre declarações falsas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eletrônico de votação.

No ano passado, Bolsonaro se tornou formalmente investigado após promover uma transmissão ao vivo nas redes sociais para divulgar fake news sobre as urnas eletrônicas e acusar, sem provas, a ocorrência de fraudes em pleitos anteriores.

Na última segunda 11, Moraes, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou que a Justiça Eleitoral garantirá eleições “limpas e seguras” em outubro. Ressaltou, também, o combate às milícias digitais.

Na aula de encerramento do curso de Direito Eleitoral e Processual Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, o magistrado declarou que “pouco importam os vencedores; o que importa é que até 19 de dezembro os eleitos serão diplomados e pela última vez os chefes do Executivo tomarão posse em 1º de janeiro, porque a partir das próximas eleições essa data será 6 de janeiro”.

Moraes acrescentou que a Justiça Eleitoral sabe “como as milícias digitais atuam” e como combatê-las. “O combate vai ser firme”, acrescentou.

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