Política

Moraes autoriza Carlos Bolsonaro a acessar inquérito da PF sobre espionagem na Abin

Filho 02 de Bolsonaro é retratado como integrante do “núcleo político” de um suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Abin

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Foto: Sergio Lima/AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta quarta-feira 31 a defesa de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a acessar o inquérito da Polícia Federal que apura indícios de uma rede de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A autorização não vale para as diligências em andamento. “Ressalto que, uma vez autorizada a vista aos advogados devidamente constituídos, o acesso aos autos permanece até o final da investigação”, afirmou o ministro no despacho.

A PF realizou uma operação nesta segunda-feira 29 que mirou no filho 02 de Jair Bolsonaro (PL). Ele é retratado como integrante do chamado “núcleo político” de um suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Abin.

Segundo a decisão de Moraes que autorizou a operação, o núcleo político “também é responsável pelo desvirtuamento da Abin e da ferramenta First Mile”, o software pelo qual os envolvidos conseguiriam monitorar desafetos do governo Bolsonaro e autoridades, sem aval judicial.

A investigação da PF identificou um pedido feito por Luciana Almeida, assessora de Carlos, que teria como destinatário Alexandre Ramagem, diretor da Abin entre 2019 e 2022.

O que é a “Abin paralela”

A operação contra Carlos Bolsonaro é um desdobramento das diligências cumpridas pela PF na última quinta-feira 25 contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

O objetivo da PF é investigar uma suposta organização criminosa instalada na Abin, órgão chefiado por Ramagem entre julho de 2019 e abril de 2022.

O esquema serviria para monitorar desafetos do governo de Jair Bolsonaro, por meio de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis – sem autorização judicial.

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