Política

Ministros vão a feira do MST e defendem mediação entre o movimento e o agro

O chefe da Secom, Paulo Pimenta, classificou o governo Lula como ‘plural em todas as áreas’

Registro da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O terceiro dia da Feira Nacional da Reforma Agrária reuniu, neste domingo 14, três ministros em São Paulo. O evento é promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

O chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, classificou o governo Lula como “plural em todas as áreas” e afirmou que o desafio é “criar uma síntese, que seja a mediação entre diferentes visões”. Trata-se de uma manifestação a respeito de como conciliar demandas do MST e pautas do agronegócio.

Outros ministros foram questionados sobre o assunto neste domingo. Segundo Luiz Marinho, do Trabalho, “há espaço para o agro e há espaço para a pequena produção e movimentos que trabalham com a terra, como o MST”.

“O agro vai ter o seu espaço, como está tendo – o Banco do Brasil, as ações de governo, o próprio BNDES trabalhando essas agendas. Mas precisamos cuidar bem do agro e cuidar bem dos movimentos e da pequena produção.”

Na mesma linha, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral, disse não haver “nenhuma contradição entre as pautas” e avaliou se tratar de “muito mais disputa política, muito mais incentivo ao ódio que foi feito no País”.

No sábado 13, o vice-presidente Geraldo Alckmin participou da Feira. O pessebista cumprimentou simpatizantes e experimentou um sorvete natural em sua chegada ao evento.

Questionado sobre a CPI do MST, o vice-presidente afirmou que o trabalho do Legislativo não é “policialesco.” “Sou muito cauteloso com essa história da CPI”, ponderou. “Já existem muitos órgãos de fiscalização.”

Na agenda, Alckmin também se disse defensor da Reforma Agrária. “Na realidade, o governo do presidente Lula e todos nós defendemos”, acrescentou.

No início de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, chegou a comparar ocupações de terras produtivas aos ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Em abril, o governo confirmou a inclusão do MST no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Lula, conhecido como “Conselhão”.

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