Política

Ministro da Defesa defende GLO para garantir segurança no Rio Grande do Sul

José Múcio deve se encontrar nesta sexta-feira com o governador Eduardo Leite

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu a implementação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio Grande do Sul. A ideia do ministro teria como objetivo garantir a segurança dos moradores do estado. As declarações foram dadas nesta quinta-feira 9.

Nos últimos dias, o governo estadual tem acompanhado com preocupação o aumento dos casos de violência nas cidades atingidas pelas chuvas. Há dezenas de registros de saques, roubos e estupros. Ao todo, a Brigada Militar do RS já prendeu 41 pessoas suspeitas de crimes. 

Apesar de ainda não ter sido cogitado de forma oficial o uso do mecanismo, o ministro afirmou já estar “preparado”, caso seja preciso. A declaração foi dada ao site UOL. 

Segundo o ministro, criou-se uma “fobia” de GLO pelo 8 de Janeiro. O mecanismo, no entanto, poderia ajudar, no entendimento do chefe da pasta.

“Eu defendo a GLO porque é uma coisa imediata. Estamos com 15 mil homens lá. Esses 15 mil homens podem ajudar na segurança. Qual o problema? Criou-se uma fobia da GLO, mas o Brasil usou GLO 133 vezes. Nunca houve ameaça de golpe por conta de GLO, nunca”, disse. 

Durante a tentativa de golpe de Estado perpetrada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, elaborou-se um decreto para dar poder às Forças Armadas por meio de operações de GLO e decretação de Estado de Sítio. O texto ficou conhecido como minuta golpista.

Múcio, porém, minimiza o episódio. Ele diz que ‘quem dá golpe não precisa de GLO’. “O golpista é um contraventor. Nunca houve isso”. 

Para ser implementada, a GLO solicitada pelo governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), e aprovada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido não foi feito.

“[A GLO] É uma ação específica para as Forças Armadas poderem ajudar no quesito de segurança, mas não depende de uma decisão nossa”, explicou o ministro.

Até o momento, o governo federal enviou 220 homens da Força Nacional para fazer patrulhamento de barco nas zonas alagadas. Neste momento, só o Exército tem cerca de 9 mil homens atuando em conjunto com outras forças de segurança no estado. O foco da operação, porém, não é a segurança, mas sim o resgate de vítimas das enchentes.

Múcio deverá visitar o Rio Grande do Sul nesta sexta-feira 10, acompanhado pelos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. Está prevista uma reunião entre o ministro e o governador do estado.

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