Política

Ministro alega ‘erro formal’ e diz que servidores devolveram verba de passagens a carnaval fora de época

Márcio Macêdo é alvo de uma representação do Ministério Público de Contas por suposto desvio de finalidade no custeio da viagem

Brasília (DF), 27/07/2023, O ministro-chefe da secretaria-geral da presidência da república, Márcio Macêdo, participa do programa do Canal Gov, Brasil em dia, nos estúdios da EBC. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Gov
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O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, alegou ter havido “erro formal” no pagamento das passagens de servidores da pasta que participaram de uma prévia carnavalesca em Aracaju (SE), reduto eleitoral do petista.

Durante conversa com jornalistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, Macêdo disse ter sido informado que os funcionários já devolveram os recursos ao erário – os comprovantes, segundo ele, serão enviados ao Tribunal de Contas da União.

O ministro é alvo de uma representação do Ministério Público de Contas por suposto desvio de finalidade no custeio da viagem. A agenda aconteceu entre os dias 3 e 5 de novembro passado no Pré-Caju, uma espécie de carnaval fora de época que acontece anualmenteo.

“Eu fui no final de semana, em agenda particular, e não recebi diárias para isso. Houve um erro formal do meu gabinete, um erro de procedimentos que nunca mais se repetirá. Um erro onde três assessores foram para Aracaju e utilizaram as passagens os recursos públicos diante disso”, disse Macêdo.

No Portal da Transparência, a presença dos três funcionários foi justificada com a menção a um compromisso na ONG Instituto Renascer Para Vida. Mas, de acordo com o ministro, não houve nenhuma agenda oficial.

A agenda particular custou, ao todo, quase 19 mil reais aos cofres públicos. O caso, informou a Secretaria-Geral da Presidência em nota, também é alvo de uma sindicância aberta após a repercussão.

“Eu sabia que eles estavam lá, mas não sabia que estavam recebendo e que foram gastos recursos públicos sem ter agenda institucional”, continuou o petista, sem citar a suposta ONG. “Isso não pode acontecer, isso tem que ser corrigido”.

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