Metrô de São Paulo vai à Justiça e cobra R$ 7 milhões de sindicato por greve

'Trata-se de ato antissindical, que atenta contra o direito democrático de greve', reagiu a entidade

Estação da Sé fechada devido à greve dos metroviários. Foto Paulo Pinto/Agência Brasil

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O Metrô de São Paulo acionou a Justiça Cível e pediu o ressarcimento de 7,1 milhões de reais a serem pagos pelo Sindicato dos Metroviários, devido aos efeitos da greve deflagrada em 3 de outubro.

A companhia alega ter sofrido perdas decorrentes da paralisação de 24 horas. Os trabalhadores entraram em greve naquele dia em protesto contra o plano do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de prosseguir com a privatização de empresas como a Sabesp e de linhas do Metrô e da CPTM.

“Na ocasião, houve descumprimento, por parte do Sindicato, da liminar que determinava o funcionamento da operação das linhas do Metrô com 100% do efetivo nos horários de pico e 80% nos demais”, sustenta o Metrô.

O Sindicato dos Metroviários reagiu em manifestação publicada nas redes sociais. “Trata-se de ato antissindical, que atenta contra o direito democrático de greve, previsto na Constituição”, diz a mensagem.

Segundo a entidade, o que gera prejuízo à sociedade são os contratos de concessão, um processo que também ameaça os empregos.

“Nosso sindicato propôs publicamente e judicialmente a realização da catraca livre para que não houvesse prejuízo ao deslocamento das pessoas”, prossegue a nota. “Entendemos também nesta ação civil uma prática de má-fé, pois já há o processo na justiça trabalhista, a esfera competente que julga as greves e lutas dos trabalhadores.”


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