Meta e Google tentam se afastar de nova ofensiva do Telegram contra o PL das Fake News

Na mensagem, a plataforma alega que Meta e Google teriam se unido em oposição ao projeto de lei

Foto: Lionel BONAVENTURE / AFP

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A Meta, plataforma que administra o Instagram e o Facebook, e o Google refutaram a citação feita pelo Telegram em mensagens enviadas aos usuários nesta terça-feira 9 contra o PL das Fake News.

“A Meta refuta o uso de seu nome pelo Telegram na referida mensagem, e nega as alegações no texto”, afirmou a empresa comandada por Marck Zuckerberg, em nota. “No texto, somos citados sem qualquer autorização e não reconhecemos seu conteúdo”, informou o Google.

Na mensagem enviada, o Telegram afirmava que big techs – entre elas a Meta e o Google – teriam se unido “para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei [das Fake News] precisa ser reescrito”.

Em outro trecho do comunicado, o Telegram diz que “o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”. Na postagem, intitulada A democracia está sob ataque no Brasil, a plataforma elenca motivos pelos quais considera a regulamentação das redes sociais “uma das legislações mais perigosas”.

A nova ofensiva da plataforma contra o PL das Fake News causou repercussão no mundo político. O relator do projeto, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), rebateu o manifesto e salientou que “a internet não é terra sem lei e a regulação é uma necessidade”.

A Procuradoria da República em São Paulo estabeleceu o prazo de dez dias para o Telegram se manifestar sobre as mensagens. O MPF quer saber de quem partiu a ordem para o envio da postagem e qual é o trecho dos termos de uso da plataforma a permitir o disparo em massa.


Já o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse ter notificado a plataforma para prestar esclarecimentos sobre o episódio.

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