Política
Mandamos para o STF alguém ‘terrivelmente evangélico’, celebra Bolsonaro com militares
Nas redes sociais, o presidente já havia comemorado a aprovação do ‘terrivelmente evangélico’


O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a celebrar a aprovação do nome de André Mendonça, seu ex-ministro, para o Supremo Tribunal Federal.
Na manhã desta quinta-feira , durante um evento de formatura de sargentos no Rio de Janeiro, o ex-capitão disse que Mendonça será alguém com ‘Deus no coração’ na Suprema Corte.
“Hoje pra mim, pra todos nós cristãos, é um dia bastante feliz. No dia de ontem conseguimos enviar para o Supremo Tribunal Federal um homem terrivelmente evangélico. Um compromisso nosso de mandar para a Suprema Corte uma pessoa que tem Deus no coração”, celebrou o presidente.
A menção ao novo ministro do Supremo foi aplaudida pelos militares presentes.
Ontem, o presidente já havia comemorado a aprovação do ‘terrivelmente evangélico’, e desejou sorte ao apadrinhado em uma postagem nas redes sociais.
Depois de aprovado com o placar de 47 votos favoráveis e 32 votos contrários, Mendonça reforçou seu compromisso com os evangélicos, dando os primeiros sinais de que o aceno ao Estado laico foi apenas um discurso.
“É um passo para um homem, mas na história dos evangélicos do Brasil é um salto. Um passo para um homem, um salto para os evangélicos”, disse ao reafirmar que será um representante desta parcela da população brasileira. Segundo o Censo de 2010, 42,3 milhões de brasileiros (cerca de 22% da populaçã0), se identificam como evangélicos.
No discurso, Bolsonaro repetiu velhas declarações prontas e não citou a queda do PIB divulgada nesta quinta-feira.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

‘Bolsonaro e Guedes são os maestros do Titanic’; políticos reagem à queda do PIB
Por Getulio Xavier
Santos Cruz: A capacidade intelectual dos bolsonaristas é chamar alguém de comunista
Por CartaCapital