Política

‘Manda o Lula organizar uma jegueata pra ele’, desafia Bolsonaro

O presidente disse que o petista não pode sair na rua por não ter apoio popular e voltou a acusar o Datafolha de fraudar as pesquisas

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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No ‘cercadinho’ do Palácio do Alvorada na manhã desta terça-feira 13, Jair Bolsonaro dedicou boa parte do tempo para atacar Lula, seu principal adversário em 2022.

Na conversa, relacionou o petista às supostas causas dos protestos em Cuba, acusou o ex-presidente de ter roubado quando comandava o Planalto e questionou o apoio popular do petista.

Ao confirmar sua ida a Manaus para participar de uma nova motociata, o presidente ‘desafiou’ Lula a mostrar que tem apoio das ruas indicado pelas pesquisas: “Agora, manda o Lula organizar uma ‘jegueata’ pra ele. Ele não pode nem andar na rua”, afirmou.

“O Datafolha está recebendo muita grana para dar esses números aí. Engana alguns poucos ainda”, voltando a mentir sobre as pesquisas do instituto que apontam ampla vitória do petista.

Antes, Bolsonaro alegou que seus passeios de moto têm contribuído para uma melhora na indústria em Manaus. Para ele, isso é a prova de que tem apoio popular.

Ao relacionar Lula com o governo cubano, o presidente voltou a pregar em favor do voto impresso.

“Aqui no Brasil para não entrar na linha de Cuba temos que ter voto impresso e auditável. E a contagem pública dos votos também”, declarou. “E tem gente que apoia esse cara para presidente do Brasil. Qual vai ser o futuro nosso se esse bandido for presidente da República?”, questionou.

Bolsonaro afirmou ainda que o petista roubou dinheiro público. “Alguns falam que ele não roubou. Mas alguns delatores devolveram 3 bilhões de reais. Como é que não roubou então? Quem vai devolver 3 bilhões se não roubou nada?”.

‘Imitando’ indígenas, Bolsonaro diz que ‘está se sentindo um cacique’

No cercadinho, o presidente conversou com alguns apoiadores indígenas que se dizem favoráveis ao PL 490, que flexibiliza a demarcação e abre espaço para o garimpo em terras protegidas.

Bolsonaro então recebeu de presente colares e ornamentos e ao vestir disse estar se sentindo um ‘cacique’, fazendo então uma imitação estereotipada e preconceituosa de um indígena.

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