Política

Maioria nas redes associa resgate de brasileiros de Gaza a Lula, não a Bolsonaro, diz Quaest

Bolsonaro não furou a bolha com discurso de que pediu apoio de Israel para liberar saída de brasileiros, aponta estudo

O ex-presidente Jair Bolsonaro em dia de depoimento à PF no caso das joias. Foto: Sergio Lima/AFP
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O instituto de pesquisas Quaest divulgou um estudo, nesta sexta-feira 10, a apontar um alcance insuficiente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para “furar a bolha” nas redes sociais com o discurso de que teria conseguido a liberação dos brasileiros da Faixa de Gaza.

Bolsonaro disse à CNN Brasil que conversou com Yossi Shelley, um dos assessores do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e que teria pedido apoio ao governo de Israel para que autorizasse a saída dos mais de 30 brasileiros impedidos de deixar o território palestino.

Segundo a Quaest, a maioria das menções nas redes sociais ao resgate de brasileiros em Gaza associa o feito – ainda não concretizado – ao presidente Lula (PT), não a Bolsonaro, entre as 15h de 9 de novembro e as 15h desta sexta.

De acordo com um gráfico publicado pelo diretor da Quaest, Felipe Nunes, o maior índice de menções favoráveis a Bolsonaro foi de 36%, contra 64% a Lula, entre entre 14h e 15h da sexta. Na postagem, Nunes declarou que a média foi de 23% de menções favoráveis a Bolsonaro e 74% de menções favoráveis a Lula.

“Virou uma guerra nas redes. De um lado, governistas defendendo a ação de Lula, lembrando tudo o que ele vem fazendo desde o começo do conflito; do outro a oposição afirmando que foi Bolsonaro quem conseguiu a liberação dos brasileiros”, escreveu Nunes.

“Cresceram as manifestações nas redes em favor do ex-presidente. Mas nada que significasse uma virada de cenário. (…) Bolsonaro até conseguiu convocar seus soldados digitais para a guerra, mas não conseguiu furar a bolha. Pelo menos até aqui”, disse o presidente da Quaest.

Os brasileiros que tentam sair de Gaza permanecem no sul do território porque ainda não conseguiram ultrapassar a fronteira com o Egito. A passagem foi obstruída por bombardeios de Israel.

No início de novembro, o governo Lula resgatou 33 brasileiros da Cisjordânia.

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