Política

Maioria da bancada do União Brasil pede adiamento da votação da reforma tributária

Parlamentares dizem que a votação não é possível sem ‘profunda análise’

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Uma ala de 37 deputados do União Brasil defendeu o adiamento da votação da reforma tributária, agendada para esta quinta-feira 6 pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O grupo representa a maioria da bancada do partido, composta por 59 deputados. Os parlamentares entendem que “não há condições de votar o referido projeto sem profunda análise”.

Os deputados defendem postergar a votação para o segundo semestre. Lira, no entanto, afirmou mais cedo que o adiamento não é uma possibilidade.

A carta foi publicada após o ministro Paulo Pimenta informar que governo do presidente Lula (PT) adiou a saída de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo.

Daniela é do União Brasil, mas, ao comunicar a sua tentativa de desfiliação, teve a sua saída do ministério cobrada pelo partido.

Um dos signatários da carta é Celso Sabino, cotado para substituir a ministra no Turismo.

O comunicado de Pimenta, no entanto, foi desautorizado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com a sua informação de que o governo aceitou a carta de demissão de Daniela.

Em nota, Padilha declarou que, na sexta-feira 7, será definida uma data para que Lula receba a indicação de Sabino para o Turismo.

O temor é de que a posição do União Brasil reduza a quantidade de votos favoráveis à reforma tributária, que precisa de 308 votos em dois turnos. Cálculos na Câmara davam cerca de 370 votos para a reforma até a tarde desta quinta-feira.

A reforma é uma prioridade de Lira. Dele depende, também, a votação de duas matérias de interesse do governo: o arcabouço fiscal e o projeto sobre o “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf.

A possibilidade de cancelamento da votação da reforma tributária poderia fazer com que Lira deixasse de pautar essas duas matérias de interesse do governo até a sexta.

A liderança do governo permanece confiante de que os textos serão votados ainda nesta semana, mas Lira evitou informar se manterá as propostas na pauta deste semestre ou se haverá transferência para agosto.

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