Política

Lula x Bolsonaro: Em quem evangélicos e católicos vão votar, segundo o Datafolha

Em um mês, o presidente ampliou a vantagem entre um dos grupos, mas segue distante de Lula em outro

Fotos: Ricardo Stuckert e Mauro PIMENTEL / AFP
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A pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira 19 revela que o volume de eleitores evangélicos que dizem votar em Jair Bolsonaro (PL) cresceu em apenas um mês. Ao todo, o ex-capitão tem 49% da preferência no segmento, ante 32% de menções ao ex-presidente Lula (PT).

Os resultados reforçam a vantagem de Bolsonaro, que ampliou de 10 para 17 pontos a diferença sobre Lula no segmento desde a última pesquisa. Os evangélicos representam, segundo o levantamento, 27% do eleitorado brasileiro.

A diferença, ao que tudo indica, foi puxada pela agenda volumosa de Bolsonaro com líderes religiosos. Levantamento recente mostrou que 40% dos compromissos oficiais do presidente em julho foram dedicados ao grupo. Em agosto, a tônica de acenos ao segmento seguiu com declarações de Bolsonaro e Michelle relacionando Lula à ‘forças ocultas’.

No mesmo período, Lula teve ainda que dedicar parte da campanha para desmentir boatos de que fecharia igrejas. As mentiras foram espalhadas por lideranças religiosas como o deputado e pastor Marco Feliciano (PL-SP). O caso está na Justiça. Em contrapartida, o petista recebeu apoio da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, com representantes em 20 estados do Brasil, na quinta-feira.

Já entre os católicos, Lula é apontado como o favorito. Ao todo, 52% dos eleitores que se identificam com o segmento religioso dizem votar no ex-presidente. Só 27% indicam opção pelo ex-capitão. Segundo o Datafolha, 50% dos eleitores brasileiros se declara católico.

Os dados, nos dois casos, contrastam com o resultado geral da pesquisa, no qual Lula é a opção de voto de 47% dos eleitores brasileiros e Bolsonaro a de 32%. O volume mostrou um estreitamento da distância entre os dois, mas ainda indica chances do ex-presidente vencer a disputa em primeiro turno. Em caso de segundo turno, o petista venceria por 57% contra 37%, segundo o levantamento.

Para chegar aos dados divulgados entre quinta e sexta-feira, o Datafolha ouviu 5.744 eleitores, presencialmente, entre os dias 16 e 18 de agosto. A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-09404/2022. A margem de erro dos resultados gerais é de dois pontos percentuais e, no caso do segmento evangélico, sobe para três pontos.

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