Política

Lula se reunirá com comandantes das Forças Armadas dias após atos golpistas em Brasília

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu nesta terça 17 com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes militares

O presidente Lula. Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente Lula (PT) deve se reunir nos próximos dias com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A agenda, prevista para ocorrer até a sexta-feira 20, será a primeira após o petista criticar militares envolvidos na segurança do Palácio do Planalto pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu com Múcio e os comandantes militares nesta terça 17. Segundo ele, o objetivo do encontro com Lula será tratar da modernização das Forças Armadas, inclusive a partir de parcerias público-privadas para estimular os investimentos.

“Outras nações do mundo, por exemplo, nações grandes e desenvolvidas, fazem projeto de PPP para equipar suas Forças Armadas. Com isso, elas conseguem antecipar investimentos que se fossem depender apenas de recurso orçamentário anual não seriam possíveis”, afirmou Costa a jornalistas.

Estiveram na reunião desta terça, além de Costa e Múcio, os comandantes do Exército, Júlio Arruda; da Marinha, Marcos Olsen; e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.

Em 12 de janeiro, Lula criticou a tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de se apropriar das Forças Armadas ao longo dos últimos anos. Condenou, também, a participação de militares em um debate bolsonarista sobre as urnas eletrônicas durante o processo eleitoral de 2022. As declarações ocorreram durante um café da manhã com jornalistas, em Brasília, no qual CartaCapital esteve presente.

Na ocasião, ele também voltou a apontar a “conivência” das forças de segurança do Distrito Federal e de militares diante da ação terrorista de bolsonaristas contra os prédios dos Três Poderes.

“Teve muita gente da Polícia Militar conivente. Teve muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente. Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para que gente entrasse, porque não tem porta quebrada. Ou seja, significa alguém facilitou a entrada deles aqui”, disse o presidente.

Ainda promoveu investigar “com muita calma” as circunstâncias do episódio, mas repetiu críticas a integrantes das Forças Armadas.

“Nos vídeos que vi, vi soldado do Exército conversando com invasores, vi soldado do Exército cantando com invasores. Fomos obrigados a fazer intervenção na polícia do DF porque ela tinha muita responsabilidade pelo que aconteceu.”

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