Economia

Lula relança o Minha Casa, Minha Vida com críticas a Campos Neto: ‘Ele não é dono do Brasil’

‘A gente só está pedindo juros menores para financiar o agronegócio e casas populares’, afirmou o presidente

O presidente Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira 13 a lei que retoma o Minha Casa, Minha Vida, programa que estabelece novas condições para o financiamento de moradias populares. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o petista ressaltou o desafio de reduzir o déficit habitacional no País.

No discurso, Lula aproveitou para elogiar a relação com o Congresso e aproveitou para fazer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Segundo Lula, existe um déficit habitacional crônico no Brasil, a demonstrar “a necessidade de o Estado fazer essa reparação, para garantir o acesso a casas para o povo”. Segundo o Censo 2022, divulgado no final do mês passado, o País tem 11 milhões de casas e apartamentos vagos, um aumento de 87% em doze anos.

Nesta quinta, Lula destacou a importância de as casas entregues no âmbito do MCMV atenderem a padrões de qualidade.

“Eu acho que essa nova modelagem de casa, para atender a uma parte da população brasileira, é muito importante. É preciso que a gente zele pela qualidade das coisas que a gente vai entregar ao povo mais pobre deste País.”


Relação com o Congresso e críticas a Campos Neto

Na cerimônia, Lula falou do cenário político e social, após seis meses e meio de sua volta à Presidência da República. Para o petista, “o Brasil voltou a se encontrar com a normalidade” e a relação do Executivo com o Congresso Nacional é a melhor das últimas décadas.

“Rodrigo Pacheco preside o Senado, que é uma instituição independente da Presidência da República. Ele não tem que pedir licença ou favor. A Câmara tem um presidente, 513 deputados. As pessoas se assustaram como aprovou política tributária, Carf. Aprovou porque é para o Brasil, não é para nós.”

Na sequência, Lula voltou a fazer críticas a Roberto Campos Neto. “O presidente do Banco Central tem que entender que ele não é dono do Brasil”, afirmou.

Para o presidente, “o governo não está pedindo nenhum absurdo”, em referência às críticas ao estágio atual da Selic, em 13,75% ao ano. “A gente só está pedindo juros menores para que a gente possa financiar o agronegócio, casas populares. O que estamos querendo de mais? Nada.”

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