Política

Lula reafirma apoio a Haddad: ‘Acho que haverá compreensão do PSB e de outros partidos’

Haddad aparece na liderança das pesquisas para o governo paulista, mas é seguido em margem apertada por Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL)

Fernando Haddad e Lula. Foto: Ricardo Stuckert
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Em meio a negociações partidárias entre PT e PSB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou o apoio à candidatura de Fernando Haddad ao governo de São Paulo. A declaração foi dada em uma entrevista à Rádio Clube de Pernambuco nesta quarta-feira 9. O estado é considerado o principal entrave para uma aliança entre petistas e pessebistas nestas eleições.

“Eu trabalho com a ideia de que o Haddad vai ser o governador de São Paulo. O Haddad está muito maduro e muito confiante”, disse. “Acho que haverá compreensão do PSB e de outros partidos, do companheiro do PSOL e em algum momento a gente vai poder anunciar”, acrescentou em seguida.

O ex-prefeito de SP, Haddad, aparece na liderança das pesquisas para o governo paulista, mas é seguido em margem apertada por Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Boulos já anunciou que ‘estará com Lula em 2022’, seu partido, no entanto, não oficializou a posição e trabalha, inicialmente, em uma federação com a Rede. França, por sua vez, está diretamente envolvido na composição da chapa Lula-Alckmin. O PSB cobra a retirada da candidatura de Haddad e apoio a França para aceitar receber Geraldo Alckmin em seus quadros. Segundo o pessebista, a chapa Lula-Alckmin já estaria ‘99,9% certa’.

Questionado sobre essa ida do ex-tucano ao PSB, Lula se esquivou. Na conversa, no entanto, reforçou a disposição em contar com o antigo adversário na chapa que deve ser formalizada nos próximos meses.

“Eu não posso escolher partido pro Alckmin. A única coisa que eu estou fazendo é conversar com o Alckmin e ele tem que fazer uma opção partidária”, disse. “Eu já conversei com o Alckmin e acho que temos a possibilidade de estarmos juntos, de representar um projeto de mudança nesse país”, reforçou em seguida.

Também nesta quarta-feira, Lula figura novamente na liderança das pesquisas eleitorais com chances de vencer ainda no primeiro turno. Em entrevista recente ao programa Direto da Redação, no canal do Youtube de CartaCapital, o cientista político Christian Lynch avaliou a composição como um fator impulsionador desta possibilidade.

“Se Lula faz esse aceno [ao centro, com Alckmin], e acho que ele vai fazer, ele pode realmente liquidar a fatura ainda no primeiro turno”, avaliou Lynch.

Sobre a possibilidade de ‘liquidar a fatura’ sem precisar disputar o segundo turno, Lula foi questionado na entrevista e minimizou:

“A gente não pode ser presunçoso quando está disputando as eleições. Eu já disputei várias vezes e não ganhei nenhuma no primeiro turno e isso não me diminuiu. Pelo contrário, permitiu que a gente pudesse construir um leque de alianças políticas para garantir uma governabilidade sadia”, avaliou o petista.

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