Política

Lula diz que governo vai reforçar segurança no Rio, mas nega intervenção federal

Segundo Lula, o governo estuda desmembrar o ministério de Dino para criar uma pasta que trate especificamente de Segurança Pública

Lula retoma a live Conversa com o Presidente após cirurgia no quadril. Foto: Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que o governo federal vai reforçar a segurança no Rio de Janeiro. Segundo o presidente, serão enviados agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das Forças Armadas ao estado, que sofre com o agravamento da crise de segurança. A declaração foi dada na edição desta terça-feira 24 do programa “Conversa com o Presidente”, o primeiro que Lula faz desde que realizou uma cirurgia no quadril, em setembro.

“O problema da violência no Rio de Janeiro termina sendo um problema do Brasil”, pontuou o presidente, que revelou conversas sobre o tema com os ministros Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, e José Múcio Monteiro, da Defesa.

“A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal vão agir mais. Nós queremos compartilhar a solução dos problemas que os estados têm com o governo federal”, disse o presidente. Segundo ele, a ideia é que “a Aeronáutica possa ter uma intervenção maior nos aeroportos do Rio, que a Marinha possa ter uma intervenção maior nos portos”. 

Lula, porém, negou que o governo tenha a intenção de promover uma intervenção federal no Rio. “Não queremos lavar as mãos. Vamos ver como podemos entrar e participar. Não queremos pirotecnia. Não queremos intervenção no Rio, que não ajudou em nada. Não queremos tirar autoridade do governador ou do prefeito. Queremos compartilhar uma saída”, afirmou.

Diante da crise na segurança pública – vale destacar, também, os altos índices de morte em decorrência de ações policiais na Bahia, neste ano -, Lula afirmou que pensa na possibilidade de criar uma pasta específica para a Segurança Pública. “Estou pensando como a pasta vai interagir com os estados, porque o problema da segurança é estadual e queremos compartilhar a solução”, afirmou, sem dar mais detalhes.

Desde a última segunda-feira 23, o Rio vem vivendo uma escalada na violência. Na Zona Oeste da capital, ao menos 35 ônibus e um trem foram queimados por ordem de pessoas ligadas ao crime organizado da região. A ação decorreu da morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, que não resistiu a uma suposta troca de tiros com a Polícia Civil na Zona Oeste. Ele era sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como “Zinho”, o principal nome da maior milícia do Rio.

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