Política

Lula deve anunciar os ministros da Defesa, da Fazenda e da Justiça nesta sexta

Segundo a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a decisão de antecipar a divulgação se deve a ‘muita especulação’

Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar na manhã desta sexta-feira 9 os primeiros ministros de seu novo governo. Segundo a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a decisão se deve a “muita especulação” sobre possíveis indicados.

Na semana passada, Lula disse que não confirmaria seus ministros até a diplomação, agendada para a próxima segunda-feira 12 pelo Tribunal Superior Eleitoral. Manteve-se, porém, a pressão pela divulgação dos nomes escolhidos para os postos-chave da nova gestão.

CartaCapital apurou que entre os anúncios do presidente eleito nesta sexta estarão os nomes dos ministros responsáveis pela Fazenda, pela Justiça e pela Defesa.

A tendência é de que Lula também confirme o desmembramento da Economia em três pastas. Serão recriados a partir de 1º de janeiro os ministérios de Planejamento, Orçamento e Gestão; da Fazenda; e de Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Para a Economia, o grande favorito é Fernando Haddad (PT). O ex-prefeito de São Paulo se reuniu, nesta quinta 8, com Paulo Guedes, um encontro definido pelo petista como “excelente”. Foi a primeira conversa entre os dois desde a vitória de Lula sobre Bolsonaro.

Antes mesmo da indicação, Haddad representou Lula em eventos considerados testes de fogo, como um almoço na Federação Brasileira de Bancos em que defendeu como prioridade para o início do governo uma reforma tributária.

Para a Justiça, o nome mais cotado é o do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA). Em novembro, ele sinalizou em entrevista a CartaCapital ser favorável à manutenção da segurança pública sob o guarda-chuva da pasta.

Já a Defesa tende a ficar a cargo de José Múcio Monteiro, ex-integrante do Tribunal de Contas da União. A pasta é responsável por coordenar o esforço integrado de defesa, incluindo o preparo e o emprego das Forças Armadas, além da articulação entre elas e os demais órgãos do Estado.

Múcio mantém boas relações com oficiais das Forças, pode ajudar na articulação de pautas da Defesa no Congresso Nacional e preenche um dos pré-requisitos estabelecidos por Lula para o cargo: ser um civil com habilidade política.

Antes mesmo da confirmação de sua nomeação, Múcio recebeu elogios de militares não alinhados a Lula, a exemplo do vice-presidente Hamilton Mourão. O senador eleito pelo Republicanos no Rio Grande do Sul afirmou no final de novembro que Múcio seria “muito bem-visto pelas Forças Armadas”.

Na última terça-feira 6, em entrevista a CartaCapital, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, classificou Múcio como uma pessoa “bastante equilibrada, com um senso de humor muito apurado, de extrema simpatia”. Avaliou ainda que “tudo isso vai servir para conduzir, se ele for o escolhido, o Ministério da Defesa dentro de um bom ambiente de trabalho”.

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