Política

Lira critica violência de bolsonaristas, mas afaga golpistas que acampam em Brasília

Presidente da Câmara dos Deputados usou as redes sociais para se manifestar sobre o tema

Lira critica violência de bolsonaristas, mas afaga golpistas que acampam em Brasília
Lira critica violência de bolsonaristas, mas afaga golpistas que acampam em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a violência dos protestos bolsonaristas em Brasília nesta segunda-feira 12, que ocorreram logo após a diplomação do presidente eleito Lula (PT). Na mesma publicação, porém, afagou manifestantes golpistas que há mais de um mês acampam em frente ao quartel do Exército em Brasília e pedem intervenção militar.

“As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado”, escreveu o deputado na manhã desta terça 13.

Após a publicação chamando as manifestações que pedem intervenção militar para impedir Lula de tomar posse de ‘ordeiras’, o parlamentar foi duramente criticado. Juliano Medeiros, atual presidente do PSOL, classificou o parlamentar como ‘golpista’. Nas respostas da publicação, outros internautas fizeram coro ao termo usado dirigente partidiário.

A ‘desordem’ citada por Lira ocorreu na noite de segunda quando bolsonaristas supostamente revoltados com a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante atacaram a sede da Polícia Federal na capital federal, danificaram carros e incendiaram ônibus no local. Eles também foram até o hotel em que Lula estava hospedado, mas não conseguiram entrar no espaço.

O indígena foi preso preventivamente pelo prazo de dez dias por realizar atos antidemocráticos em vários pontos de Brasília.

Antes dos atos de violência, manifestantes já teriam realizado um outro protesto em frente ao Palácio do Alvorada. Eles pediam para que Bolsonaro ficasse no poder e usavam expressões golpistas como ‘supremo é o povo’, além de entoarem diversos xingamentos ao presidente eleito.

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