CartaExpressa
Lei que prevê auxílio-aluguel para mulher vítima de violência vai a sanção de Lula
No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos


A lei que prevê o pagamento de auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica foi aprovada nesta quarta-feira 16 no Senado. O texto agora vai a sanção de do presidente Lula (PT).
O PL 4.875/2020 altera a Lei Maria da Penha e determina que o pagamento do aluguel será concedido por um juiz. O auxílio poderá ser financiado por estados e municípios, com recursos originalmente destinados à assistência social.
“Do ponto de vista econômico, a proposição permite que o auxílio-aluguel seja graduado em função da situação de vulnerabilidade social e econômica da vítima”, afirmou a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT).
O percentual de mulheres agredidas pelo parceiro em algum momento de suas vidas variou entre 10% e 56% nos países pesquisados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos. Em mais de 80% dos casos reportados, o responsável é o marido, namorado ou ex-parceiro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Lula sanciona ‘nova’ Lei Maria da Penha, que permite proteção imediata após denúncia
Por Victor Ohana
Brasil registrou 1,1 mil casos de violência contra defensores dos direitos humanos durante governo Bolsonaro
Por André Lucena
Marcha das Margaridas deve reunir mais de 100 mil mulheres em Brasília
Por Agência Brasil