Lavagem de dinheiro por apartamento torna Temer réu pela terceira vez

Filha do ex-presidente, o coronel Lima e a esposa dele, Maria Rita Fratezi, também serão processados

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O ex-presidente Michel Temer responderá à Justiça por mais um crime. Nesta quinta-feira 4, a Justiça Federal o tornou réu por lavagem de dinheiro em uma reforma no apartamento de sua filha Maristela, em São Paulo. Ela, o coronel Lima e a esposa dele, Maria Rita Fratezi, também serão processados.

A denúncia havia sido oferecida há dois dias pelo Ministério Público Federal em São Paulo e está no bojo da Operação Descontaminação, que investiga desvios na Eletronuclear — e motivou a prisão de Temer no dia 21 de março.

De acordo com os procuradores, o apartamento de Maristela teve uma reforma de 1,6 milhão paga com dinheiro de propina da Engevix, por intermédio do Coronel Lima e de Maria Rita. A empresa teria se beneficiado de contratos com Angra III, em obras há 35 anos.

A Lava Jato afirma que as obras ocorreram entre 2013 e 2014 e foram bancadas com dinheiro de corrupção e desvios que teriam ocorrido entre 2012 e 2016. O caso tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi remetido para São Paulo em janeiro, depois que Temer perdeu o foro especial ao deixar a Presidência.

É a terceira vez que Temer ganha um passe para o banco dos réus desde que foi preso. Há dois dias, o juiz Marcelo Bretas acatou duas denúncias do MPF do Rio de Janeiro contra o ex-presidente por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato no caso da Eletronuclear.

No dia 28, a justiça de Brasília o tornou réu por corrupção passiva no caso da mala de 500 mil reais da JBS. A denúncia existe desde 2017, mas só se tornou ação penal depois que ele perdeu o foro especial.


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