Justiça

Justiça Federal arquiva ação contra suposto ‘gabinete informal’ de Janja

Vereador do Novo pedia a imediata exoneração dos servidores que trabalham para a primeira-dama e a saída do gabinete ocupado por ela no Planalto

Justiça Federal arquiva ação contra suposto ‘gabinete informal’ de Janja
Justiça Federal arquiva ação contra suposto ‘gabinete informal’ de Janja
A primeira-dama Janja Lula da Silva. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Justiça do Distrito Federal arquivou na última quarta-feira 14 uma ação popular movida pelo vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo) contra a primeira-dama Janja da Silva por suposto uso informal do Palácio do Planalto.

Na ação, o político de alegava que a primeira-dama violaria os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade ao manter uma estrutura de ao menos doze assessores. Ele ainda questionou o valor de cerca de 1,2 milhão de reais já gastos em viagens desde o início do governo Lula (PT).

Ele pedia a imediata exoneração dos servidores que trabalham para a primeira-dama, assim como a saída do gabinete ocupado por ela no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do de Lula, onde ela despacha.

Ao arquivar o caso, o juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana apontou “ausência de ilegalidade dos atos administrativos impugnados e/ou lesividade à moralidade administrativa” no caso concreto, concluindo que o vereador não conseguiu demonstrar o prejuízo aos cofres públicos com a atuação de servidores da Presidência da República.

“Não se pode deixar de anotar o fato de que, na ação popular, deve o autor trazer elementos que comprovem com eficácia a ilegalidade ou lesividade do ato impugnado, de modo que a mera reprodução de notícias de jornal ou mídia e/ou publicações em redes sociais não possuem respaldo probatório, sendo necessária a individualização da conduta de cada réu e a indicação do nexo de causalidade entre as condutas e o ato imputado ilegal”, escreveu.

A sentença ainda será revisada em instância superior, seguindo o rito obrigatório de ações populares. Caso o Tribunal Regional Federal da 1ª Região confirme a decisão, cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça e, eventualmente, o caso pode ir ao Supremo Tribunal Federal. O vereador disse ter a intenção de esgotar todos os recursos possíveis.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo