Justiça arquiva ação em que Bolsonaro é réu por injúria contra Maria do Rosário

Em 2014, o ex-capitão afirmou que a deputada não merecia ser estuprada porque ele a considerava 'muito feia'. Arquivamento foi solicitado pelo MP

Bolsonaro, a misoginia como arma eleitoral (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

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A Justiça Federal do Distrito Federal acolheu o pedido do Ministério Público e mandou arquivar uma ação na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu por injúria contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

O despacho foi assinado nesta segunda-feira 24 pelo juiz Francisco Antonio De Oliveira, do 2º Juizado Especial Criminal de Brasília.

De acordo com o MP, em manifestação protocolada na semana passada, a ação deveria ser arquivada devido à prescrição do caso.

O processo envolvia declarações de Bolsonaro contra a parlamentar em 2014. À época, o então deputado afirmou que a colega não merecia ser estuprada porque ele a considerava “muito feia” e porque ela “não faz” seu “tipo”.

Dois anos depois, em 2016, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu abrir duas ações penais contra o ex-capitão, que passou a ser formalmente acusado no caso. Em outra ação, Bolsonaro é réu por incitação ao estupro.

Ambos os processos, no entanto, foram suspensos quando Bolsonaro assumiu a Presidência, em 2019. Com o fim do mandato, a Corte enviou as ações à Justiça do DF.


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