Justiça

Jorge Seif perde processo contra fotógrafo que registrou seu celular em sessão no Congresso

O bolsonarista cobrava indenização de 30 mil reais pelo episódio, durante uma reunião da CPMI do 8 de Janeiro

Jorge Seif perde processo contra fotógrafo que registrou seu celular em sessão no Congresso
Jorge Seif perde processo contra fotógrafo que registrou seu celular em sessão no Congresso
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Na ordem do dia, projeto de decreto legislativo que indica Jhonatan Pereira de Jesus para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (PDL 2/2023). À tribuna, em discurso, senador Jorge Seif (PL-SC). Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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A Justiça do Distrito Federal negou o pedido de indenização por danos morais apresentado pelo senador Jorge Seif (PL-SC) contra o fotógrafo Lula Marques, da Empresa Brasil de Comunicação.

Na ação, o bolsonarista cobrava 30 mil reais por ser fotografado no ano passado durante uma reunião da CPMI do 8 de Janeiro.

Na ocasião, Marques fotografou o celular de Seif no momento em que o senador conversava por WhatsApp com uma jornalista. O caso ocorreu no dia em que a Polícia Federal deflagrou uma operação contra Jair Renan (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que trabalhava no escritório de Seif em Santa Catarina.

A foto foi registrada durante uma audiência pública da comissão, transmitida pela internet e por canais de televisão.

Para Seif, a publicação da foto em perfis de Lula Marques nas redes sociais violou sua intimidade e o sigilo de comunicação. Ao analisar o caso, a juíza Oriana Piske rejeitou as alegações da acusação.

“A fotografia foi tirada em local público, onde o próprio autor expôs seu telefone celular, não justificando impedir o réu de fazer a publicação em comente”, escreveu a juíza. “Entendo que tal situação equivale a uma declaração feita para uma rádio ou TV, por exemplo, ou até mesmo a eventual anotação em um bloco de recados sob a mesa, cujo cenário é flagrantemente público e, portanto, sujeito a registros pela imprensa.”

A magistrada afirmou também que o fotógrafo exercia sua função profissional durante a reunião da CPMI.

No ano passado, após o episódio, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), determinou o descredenciamento de Lula Marques para acompanhar os trabalhos da comissão. Posteriormente, porém, o Supremo Tribunal Federal reverteu a decisão.

(Com informações da Agência Brasil)

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