Política
Itália pede que Brasil indique um presídio capaz de receber Henrique Pizzolato
Pedido faz parte de um tratado entre os países e não indica que a extradição seja concretizada no futuro
O Ministério da Justiça da Itália enviou um pedido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por meio da Interpol, solicitando ao Brasil a indicação de um presídio capaz de assegurar direitos fundamentais para o caso de uma eventual extradição de Henrique Pizzolato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão e está foragido na Itália desde 2013.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o procurador afirmou que a Itália quer que o Brasil “assegure formalmente” que caso a extradição seja concedida, Pizzolato cumprirá “pena em um estabelecimento prisional onde sejam assegurados todos os seus direitos fundamentais”.
A exigência não seria uma indicação de que a extradição será concretizada, pois faz parte de um tratado entre os dois países.
Ainda segundo a Folha, Rodrigo Janot encaminhou o pedido ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e ao presidente do STF, Joaquim Barbosa.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.