Política

Instalação da CPMI do 8 de Janeiro, para investigar o governo, é dada como certa pela oposição

Deputados conseguiram do presidente do Senado o compromisso de leitura do requerimento na próxima sessão do Congresso

Instalação da CPMI do 8 de Janeiro, para investigar o governo, é dada como certa pela oposição
Instalação da CPMI do 8 de Janeiro, para investigar o governo, é dada como certa pela oposição
Deputados da oposição após reunião com Pacheco. Foto: reprodução redes sociais
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Deputados que protocolaram o pedido de abertura da CPMI do 8 de Janeiro conseguiram do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o compromisso de leitura do requerimento na próxima sessão do Congresso, que deve ocorrer no mês que vem.

André Fernandes (PL-CE), Filipe Barros (PL-PR) e Nikolas Ferreira (PL-MG) se reuniram na quarta-feira 22 com o senador para cobrar uma posição sobre o tema. “Ficou acordado que a sessão conjunta acontecerá entre os dias 11 e 14 de abril. Consequentemente o requerimento será lido”, escreveu Fernandes nas redes sociais.

Para a instalação da CPMI, a oposição ao governo Lula (PT) conseguiu o apoio formal de 189 deputados e 33 senadores. Como noticiou CartaCapital, a pressão da gestão petista fez com que alguns parlamentares retirassem as assinaturas, mas em um número insuficiente para impedir a abertura da Comissão.

Um deputado disse à reportagem que a alternativa a uma possível demora de Pacheco para definir uma data seria recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Foi após decisão da Corte que a CPI da Covid começou a funcionar em 2021.

Integrantes da bancada do PT  já não descartam a instalação da Comissão, mesmo após a ofensiva para esvaziá-la. O discurso adotado pelos petistas é o de que a intenção da oposição é atrapalhar as investigações em curso e criar uma narrativa em que se atribua ao governo federal a culpa pelo vandalismo nas sedes dos Três Poderes em Brasília.

A avaliação do governo é que uma Comissão formada por deputados e senadores neste início de governo tem potencial de impor derrotas políticas à gestão Lula.

O PT defende que as ações em curso da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal já foram suficientes para esclarecer os quatro pontos que exigiam respostas: 1) quem idealizou; 2) quem financiou; 3) quem se omitiu; 4) quem participou.

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