‘Inadequada e infeliz’: Pacheco critica declaração de Barroso, mas não se compromete com impeachment

Em evento da UNE, o ministro do STF exaltou o fato de o Brasil ter derrotado nas urnas o bolsonarismo

O presidente do Senado, Rodrigo Pachewco. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta quinta-feira 13 as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso em um Congresso da União Nacional dos Estudantes, em Brasília.

Na quarta 12, o magistrado foi vaiado por estudantes que contestavam sua conduta diante do piso salarial da enfermagem e no processo de derrubada de Dilma Rousseff, em 2016.

“Aqueles que gritam, que não colocam argumentos na mesa, isso é o bolsonarismo”, reagiu. “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas.”

Pacheco afirmou ter se solidarizado com Barroso diante de ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas repudiou as afirmações do ministro no ato da UNE.

“De fato devo registrar que tão inadequado quanto o ataque já sofrido pelo ministro Barroso foi inadequada, inoportuna e infeliz a fala do ministro Barroso no evento da UNE em relação a um segmento político ou uma ala política”, devolveu o presidente do Congresso Nacional.

Pacheco disse torcer por “uma reflexão e eventuamente uma retratação, no alto de sua cadeira de ministro do STF”.


Questionado sobre a possibilidade de aceitar um pedido de impeachment de Barroso, que deve ser apresentado por parlamentares bolsonaristas, o senador não se comprometeu.

“Sempre disse que pedidos de impeachment devem ser analisados. Cada caso deve ser analisado dentro da sua circunstância e da sua natureza”, respondeu. “Temos uma Lei do Impeachment obsoleta, anacrônica. Havendo um pedido, e sei que há um movimento de coleta de assinaturas, naturalmente me caberá analisar com independência e decência.”

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