Justiça

Idosa que celebrou fezes em gabinete do STF é presa pela PF

Na terceira fase da operação Lesa Pátria, foram expedidos 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão; “Fátima de Tubarão” já foi condenada por tráfico de drogas

Bolsonarista "Fátima de Tubarão"é presa em operação da PF (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
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A bolsonarista Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como “Fátima de Tubarão“, está na lista de pessoas presas nesta sexta-feira 27, após a Polícia Federal (PF) ter deflagrado a terceira fase da operação Lesa Pátria

Ao total, 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta sexta-feira, em Santa Catarina, no Rio de Janeiro, no Paraná, no Espírito Santo, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Na manhã de hoje, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou sobre a terceira fase da operação, dizendo que “a autoridade da lei é maior do que os extremistas”.

A ação da PF visa investigar o possível cometimento de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. Os crimes foram cometidos nos atos golpistas de invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no último dia 8 de janeiro.

Maria de Fátima Souza, de 67 anos, aparece em vídeos dos invasores. Ela se tornou uma das personagens mais conhecidas do 8 de janeiro. Nos vídeos, a apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que “Vamos para a guerra, vou pegar o Xandão [em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes] agora”. Além das ameaças, “Fátima de Tubarão” declara que estava “quebrando tudo”.

Antecedentes criminais

A investigação sobre a participação de Maria de Fátima nos atos golpistas em Brasília não é o primeiro caso da bolsonarista na seara criminal. Em 2014, ela foi condenada a 3 anos e 10 meses por tráfico de drogas. Na época, a denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina, que descreveu que a mulher foi descoberta por policiais que faziam ronda na região em que ela estava no momento do crime em flagrante.

Os policiais viram Fátima oferecendo crack a um usuário menor de idade.

No segundo caso, ocorrido em 2012, o Ministério Público denunciou Maria de Fátima por falsificação de documento e estelionato. Ela teria falsificado documentos de uma mulher para realizar contratos de linhas telefônicas.

Em nota sobre a operação de hoje, a PF informou que as investigações continuarão, de maneira que a operação Lesa Pátria será permanente.

“As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”, informou a corporação.

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