Política

‘Haddad por São Paulo’: ex-ministro abre agenda para aumentar visibilidade no estado

Segundo aliados, o petista está mais aberto à ideia de concorrer a governador do estado em 2022

Foto: Ricardo Stuckert
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A anulação dos processos contra o ex-presidente Lula mexeu no jogo político e nas estratégias do PT. Poucos dias depois de Fernando Haddad relançar as caravanas “Haddad pelo Brasil”, que rendeu apenas uma viagem ao estado de Minas Gerais, Lula teve seus direitos políticos readquiridos graças a uma decisão de Edson Fachin no Supremo. Diante da novidade, o ex-ministro da educação deu um passo atrás nas ambições eleitorais.

Depois de figurar em duas pesquisas como candidato ao governo de São Paulo, Haddad parece estar aberto à ideia, segundo avaliam aliados. Segundo um deles, não se trata de um lançamento de candidatura, mas de “uma forma de retomar o diálogo e se posicionar”.

Essa semana ele se reuniu virtualmente com lideranças políticas da região de Ribeirão e com professores. Também lançou uma série de reuniões virtuais e um pacote de redes com a marca “Haddad por São Paulo”. Lideranças afirmam que o projeto é anterior à decisão de Fachin e faz parte de um “projeto maior”.

Naquele encontro, Haddad fez críticas aos governos tucanos que se sucedem no comando do estado. “Ao longo de 40 anos muita coisa mudou, menos o comando do estado de São Paulo. José Serra, Aloysio Nunes e Alckmin estão no governo desde 82. O trabalho que vai ter que ser feito nos pós-tucanistão é muito grande. São 40 anos de muito descaso”.

Nesta terça 13, o psolista Guilherme Boulos disse para a Folha de S. Paulo que está disposto a disputar o governo paulista.

O movimento mostra a mobilização de ambos partidos sobre a corrida eleitoral. Boulos ganhou projeção depois de ir ao segundo turno contra Bruno Covas, ano passado. Segundo a pesquisa do instituto Ipespe, divulgada pelo Valor no dia 9 de abril, Haddad estaria na dianteira pelo governo do estado com 20%, Márcio França com 18%, Geraldo Alckmin com 17%.

No cenário sem Haddad, Boulos, França e Alckmin aparecem tecnicamente empatados em primeiro lugar.

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