Política

Haddad nega que Lira tenha segurado votação do arcabouço para pressionar governo

Segundo o ministro, o presidente da Câmara não teria ‘dado recado’ a Lula ao não pautar projeto; parlamentares próximo a Lira discordam da avaliação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante entrevista após reunião sobre o arcabouço na residência oficial da presidência do Senado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, tenha dado um recado ao governo Lula ao não pautar a votação do arcabouço fiscal. A declaração foi registrada pelo site Poder360, em Brasília, nesta sexta-feira 4.

Na segunda-feira, interlocutores de Lira, porém, indicaram o contrário. Segundo relatos colhidos por CartaCapital, Lira decidiu expressamente não pautar o tema enquanto Lula não colocar em prática a reforma ministerial. A ação, garantem os parlamentares, é um recado claro ao governo.

Para Haddad, porém, o atraso no início da tramitação dos projetos não teria relação com a dança das cadeiras na Esplanada. A conclusão, disse, se dá após uma conversa com Lira.

“Ele me falou que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Marco fiscal e reforma tributária são, nas palavras dele, uma questão de Estado, não de governo”, afirmou o ministro.

Lula não tem pressa

Apesar da pressão de Lira, Lula afirmou, nesta quinta-feira, não ter pressa para promover as mudanças. A previsão atual é de que o tema volte ao radar do petista só após o fim da Cúpula da Amazônia, na terça-feira.

O impasse se dá porque a entrada de André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) tem o aval de Lira, mas esbarra em definições que precisam ser tomadas por Lula. Partirá do petista a palavra final sobre quem será demitido para a chegada dos indicados da centro-direita. Antes, porém, o presidente quer se encontrar com os representantes dos dois partidos.

A relativa calma de Lula, importante dizer, contrasta com a pressa da equipe econômica. A intenção, sabe-se, era sancionar o texto do arcabouço fiscal antes da data-limite para o envio do projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024.

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