Política

Governo promete ‘ano de entregas’ em 2024 e quer que obras consolidem uma marca

O governo quer evitar o chamado “efeito aerossol”, ou seja, a pulverização de ações sem uma identificação clara com a gestão atual

Os ministros Paulo Pimenta, da Comunicação, e Rui Costa, da Casa Civil. Foto: Henrique Raynal/Casa Civil
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, prometeu um “ano de entregas” no campo da infraestrutura em 2024 e disse que o governo deseja consolidar uma “marca” com as obras diante da população.

As declarações ocorreram nesta quarta-feira 20, em coletiva de imprensa em Brasília, após uma reunião do presidente Lula (PT) com ministros, na qual foi discutido um balanço do 1º ano deste mandato.

Ao lado do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, Costa foi questionado em relação às medidas que o governo pode tomar para reduzir a reprovação popular nas pesquisas de opinião pública.

Segundo o ministro, o governo lançou 75 programas em 2023 e planeja entregar as ações derivadas dessas iniciativas em 2024, como unidades do Minha Casa Minha Vida e trechos de rodovias.

O governo, no entanto, quer evitar o que Costa chamou de “efeito aerossol”, ou seja, a pulverização de ações sem uma identificação clara e direta com a gestão atual.

“O que o presidente quer que façamos no início do ano é agregar esse conjunto de ações para que a gente tenha marcas e evitar o que a gente chama de efeito aerossol na gestão pública, que um conjunto de ações que, tocadas de forma pulverizada, não cria uma marca, não cria uma referência, não cria uma identidade junto à população”, declarou o ministro da Casa Civil.

‘Menos lançamento e mais entregas’, disse Rui Costa

Costa acrescentou que deve haver um ajuste, sob a colaboração da Secretaria de Comunicação, para que “essas ações se consolidem como uma marca”. As obras integram o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, carro-chefe das ações do governo no campo da infraestrutura.

De acordo com Pimenta, Lula também planeja viajar a todos os estados brasileiros no 1º semestre de 2024, para acompanhar as entregas das obras e participar dos eventos de inauguração. Ainda não há cronograma. Todos os ministros do governo também devem ter as suas agendas intensificadas nesse sentido.

Segundo Costa, a prioridade é antecipar o anúncio de pacotes de obras de macrodrenagem, a municípios com histórico de alagamentos, e de proteção de encostas, para localidades vulneráveis a deslizamentos.

A medida ocorre em meio à proximidade do período de fortes chuvas e de consequentes desastres que marcam os primeiros meses de cada ano.

Os ministros também contam com a retomada de 11 mil obras nas áreas da saúde e da educação, a partir da sanção de uma lei em novembro que instala um pacto pela finalização de obras em 24 meses.

O governo diz ter encontrado 14 mil obras paralisadas deixadas pela gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Costa também informou que o governo contabiliza quase 500 mil unidades habitacionais financiadas por meio do Minha Casa Minha Vida. Esses contratos devem ser assinados no ano que vem.

Além disso, o governo também prevê a disponibilização de 1 milhão de vagas em escolas integrais.

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta mostra que a aprovação ao governo Lula teve uma variação negativa, de 38% em outubro para 36%. A oscilação ocorre dentro da margem de erro de 2,2% para mais ou para menos.

Em agosto de 2023, porém, o percentual era de 42% de aprovação. Ao mesmo tempo, a reprovação, que era de 20% em fevereiro, agora está em 29%, de acordo com o levantamento.

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