Política

Governo dá mais um mês para comissão redesenhar a Funasa, cobiçada pelo Centrão

Publicação do Diário Oficial determina prorrogação de prazo para apresentação de relatório

A Fundação Nacional de Saúde havia sido extinta por Lula. Foto: Agência Brasil
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O governo federal decidiu prorrogar o prazo de conclusão dos trabalhos que redefinirão as atividades da Fundação Nacional de Saúde, a Funasa. Em publicação do Diário Oficial da União, o Ministério da Gestão fixou o dia 15 de setembro como limite para a apresentação de um relatório.

A Comissão de Reestruturação da Funasa havia sido criada em 14 de julho e tinha 30 dias para propor o novo escopo da Funasa. O grupo é formado por servidores do Ministério da Gestão, representantes dos ministérios da Casa Civil, da Saúde, das Cidades, da Advocacia-Geral da União, e três especialistas indicados pela Secretaria de Relações Institucionais.

A instituição, vinculada ao Ministério da Saúde, era voltada para o combate a doenças e atenção ao saneamento básico. No entanto, no início do ano, havia sido extinta pelo próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ineficiência na gestão dos recursos.

Agora, sob pressões do Centrão por cargos no governo, Lula decidiu reerguer a Funasa. A expectativa é de que um dos partidos do Centrão seja atendido com a chefia da fundação.

Até o momento, a instituição está sob o comando interino de Alexandre Motta, servidor de carreira e especializado em economia e administração. A ideia é que o presidente definitivo seja nomeado após o término dos trabalhos da comissão.

A Comissão tem o desafio de realinhar atividades antigas da Funasa que, com a sua extinção, tinham sido distribuídas entre ministérios do governo, sobretudo Saúde e Cidades.

Não está claro, por exemplo, a qual pasta a Funasa estará vinculada, quantos servidores serão disponibilizados para a instituição e quais contratos voltarão para sua administração.

Além disso, há indefinição sobre os cargos que o governo dedicará ao Centrão, em meio a negociações pela ampliação da base no Congresso para a aprovação de projetos prioritários para o Planalto.

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