Política

Gleisi diz que União Brasil, apesar de 3 ministérios, não entrega resultados ao governo

Presidenta do PT diz que posição do partido é pela recomposição, mas alerta que não fala pelo governo

Projeto foi apresentando nesta semana na Câmara. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, defendeu que o governo Lula (PT) faça um rearranjo na composição ministerial pouco mais de um mês depois da formação da equipe. Segundo explicou ao jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira 10, o União Brasil, na sua visão, recebeu muito espaço e estaria ‘fazendo pouca entrega’.

“Em relação ao União Brasil, acho que temos que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega”, defendeu Gleisi. “É um partido que tem dificuldades pela sua composição interna e pelo distanciamento também que sempre teve de nós. No processo eleitoral, totalmente distantes e historicamente também”.

Mais adiante, a petista reforçou a crítica e reafirmou sua posição pela reacomodação da legenda: “Tem que chamar e conversar porque, se não estiver fazendo entrega, não tem porque permanecer onde está”.

Na conversa com o jornal, Gleisi destaca que essa posição, pela reavaliação do espaço ocupado pelo União Brasil no governo Lula, é particular e reverbera no PT, mas, que não se trata de uma posição oficial do atual governo. “Essa é a minha avaliação, do PT. Não estou falando pelo governo”.

Atualmente o União Brasil conta com três indicações no governo: Daniela do Waguinho, no Turismo; Juscelino Filho, nas Comunicações; e Waldez Góes – que é do PDT, mas foi indicado por Davi Alcolumbre -, na Integração e Desenvolvimento Regional. Ainda assim, a legenda tem se classificado como independente no Congresso Nacional. A posição de não se colocar como base do governo é a ‘pouca entrega’ citada por Gleisi.

Na entrevista, a parlamentar reforça, ainda, que o PT não estaria disposto a abrir mão de nenhuma cadeira para abrigar novos aliados de Lula. O presidente tem buscado mais apoios, em especial do PP e Republicanos. Com menor afinco, busca deputados menos ligados ao bolsonarismo no PL. A intenção, em todos estes casos, é fortalecer sua base no Congresso.

Segundo Gleisi, a posição de não abrir mão de espaços no governo para futuros aliados não seria um obstáculo para Lula. “Não é só cargos em primeiro escalão que atrai. Não é só a participação na máquina pública que atrai. Eu acho que tem projetos que são importantes, que parlamentares querem levar para os seus estados. Tem recursos que são importantes também para representação política. Tem um conjunto de ações que colocadas em prática pode acertar a base do governo”.

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