Gleisi descarta ida de Lula a cultos na campanha: ‘Não cogitamos fazer política nos templos’

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, rejeitou nesta segunda-feira 15 a possibilidade de o ex-presidente Lula usar cultos evangélicos como estratégia eleitoral. É necessário, segundo ela, ressaltar que se trata de “uma disputa política”, não religiosa.

“Não cogitamos no momento fazer política dentro dos templos”, afirmou Gleisi a jornalistas ao ser questionada sobre a possibilidade de Lula visitar igrejas.

O PT intensificou nos últimos dias a reação a fake news disseminadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) para aumentar a rejeição a Lula entre eleitores evangélicos.

Uma reportagem da Rádio CBN apontou nesta segunda ter se espalhado entre evangélicos o boato de que Lula fechará templos religiosos caso volte ao poder. Diante desse cenário, o PT acelera o movimento para rebater as acusações. O partido produziu um material no qual afirma que Lula “é cristão, nunca fechou e nem vai fechar igrejas”.

Segundo a presidenta petista, “se precisar vamos fazer uma fala específica, mas a gente não pode deixar a perspectiva de que isso é uma disputa política”.

“E eles estão entrando nessa seara porque não têm proposta para o Brasil, não têm proposta para o povo.”

A peça desenvolvida pelo PT lembra que Lula sancionou a lei que garante personalidade jurídica às organizações religiosas, instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus e sancionou a lei que criou o Dia Nacional do Evangélico.

O texto do PT diz ainda que as acusações são “mentiras criadas com o único objetivo de assustar evangélicos e promover discurso de ódio e preconceito religioso” para “tentar afastar os cristãos de Lula”. Para a campanha petista, “Bolsonaro está com medo de que os evangélicos se lembrem do quanto Lula já fez por eles”.

Uma pesquisa Datafolha divulgada no fim de julho mostra que Bolsonaro lidera as intenções de voto entre evangélicos, com 43%, ante 33% de Lula. No geral, o levantamento indica Lula com 47%, 18 pontos percentuais à frente do ex-capitão.

Confira a peça do PT: