Política

Gleisi critica relatório da Transparência Internacional e relembra ligação com a Lava Jato

Uma pesquisa aponta que o Brasil recuou no índice de percepção da corrupção

Foto: Agência Câmara A presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Foto: Agência Câmara
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A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou o relatório da ONG Transparência Internacional que apontou que o Brasil caiu no ranking global sobre percepção da corrupção.

Em publicação na rede X, ela acusou a entidade de ter “longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT”. 

“Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a posição política da ONG a Lula e ao PT”, argumentou. “Queriam que Lula indicasse procurador-geral e ministros lavajatistas?”

A pesquisa Índice de Percepção da Corrupção de 2023, divulgada nesta terça-feira 30, listou as razões pelas quais o Brasil recuou no ranking de percepção sobre a corrupção, atribuindo o fenômeno ao desmonte de pilares institucionais sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em seguida, o relatório sugere que o governo Lula (PT) teria contribuído de modo negativo para o cenário atual, especialmente com a indicação de Cristiano Zanin, ex-advogado do petista, ao cargo de ministro do STF, e a escolha de Gonet para a Procuradoria-Geral da República.

A ONG também aponta que, apesar da inconstitucionalidade do mecanismo de repasse de recursos públicos conhecido como “orçamento secreto”, o atual governo não teria sido capaz de lidar com o poder de barganha do Centrão.

Apesar das críticas, a ONG elogiou o aumento da participação social no governo Lula e as indicações – consideradas técnicas – a cargos estratégicos da Polícia Federal.

Gleisi também desafiou a organização a explicar sua fonte de financiamento. “Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol. Poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome.”

Na postagem, a deputada fez referência à acusação de que a Transparência Internacional teria agido a pedido do ex-procurador Deltan Dallagnol, nos tempos da Lava Jato.

Em 2020, por exemplo, foram reveladas mensagens entre Deltan e o então diretor-executivo da ONG no Brasil Bruno Brandão, a indicarem que a Transparência Internacional poderia trabalhar para dar credibilidade à operação.

Além disso, as mensagens apontaram que a entidade buscou elaborar uma sociedade com membros da Lava Jato na tentativa de construção de um fundo de 4,8 bilhões de reais, que seria criado a partir de acordos de leniência firmados por empresas como a Petrobras.

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