Política

Ex-ministro Rubens Ricupero declara apoio a Lula: ‘Não se pode deixar para o 2º turno’

‘Entre justiça e injustiça não se pode ser impassível’, afirmou o diplomata a CartaCapital

Ex-ministro Rubens Ricupero declara apoio a Lula: ‘Não se pode deixar para o 2º turno’
Ex-ministro Rubens Ricupero declara apoio a Lula: ‘Não se pode deixar para o 2º turno’
O diplomata Rubens Ricupero
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A busca do ex-presidente Lula pelo apoio de figuras que transcendem a órbita petista, a fim de sacramentar uma vitória no primeiro turno sobre Jair Bolsonaro (PL), ganhou nesta quinta-feira 22 o reforço de Rubens Ricupero, diplomata, ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente sob o governo Itamar Franco e ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento.

A CartaCapital, Ricupero afirmou ter tomado a decisão de apoiar Lula e Geraldo Alckmin (PSB) porque, ante a disputa entre justiça e injustiça, a neutralidade não é um caminho possível.

“Se você reconhece que entre justiça e injustiça não se pode ser impassível, tem de decidir isso logo, não pode deixar para o segundo turno”, avaliou. Em 2018, Ricupero defendeu o voto em Marina Silva (Rede) no primeiro turno e em Fernando Haddad (PT) no segundo.

Para o ex-ministro, quanto mais se prolongar o período até a derrota de Bolsonaro, maior será o perigo a ameaçar a democracia no Brasil. Ele se diz preocupado, também, com o intervalo entre a eleição e a posse do novo presidente.

Diante das ameaças do ex-capitão de não reconhecer o resultado das urnas, portanto, é preciso fortalecer a campanha de Lula.

“Quanto mais cedo, quanto mais expressiva for a vitória, menos possibilidade de contestação restará”, resumiu Ricupero.

O apoio, ponderou, não significa adesão irrestrita ao programa do PT e se deve à constatação de que “o Brasil vai exigir uma união ampla para ser reconstruído”.

“Se a eleição for decidida no primeiro turno, como espero, com a vitória de Lula e Alckmin, não se pode interpretar isso como a desforra de um partido ou um mandato apenas para um partido. Seria um equívoco muito grande. A meu ver ,não haveria maioria só para o PT. Tanto que o PT escolheu Alckmin como vice.”

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