Justiça

Ex-diretor do Metrô revela trensalão tucano no governo de São Paulo

Segundo Sérgio Corrêa Brasil, esquema de corrupção beneficiou governos de José Serra e Geraldo Alckmin

Foto: Governo do Estado de São Paulo
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O ex-diretor do Metrô de São Paulo, Sérgio Corrêa Brasil, fechou acordo com o Ministério Público para realizar uma delação premiada. Em seu depoimento, divulgado nesta sexta-feira 30, o ex-integrante da estatal contou que partidos da base aliada do então governador Geraldo Alckmin (PSDB), na Assembleia Legislativa, recebiam um “mensalinho” das empreiteiras com recursos desviados de contratos da estatal para apoiar o governo. O esquema também funcionou no governo anterior de José Serra.

Sérgio relatou aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato de São Paulo como funcionava o esquema de pagamento de propina aos parlamentares. Um dos beneficiários dos repasses ilícitos era o atual vice-governador paulista, Rodrigo Garcia (DEM), por intermédio do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania). Os pagamentos teriam ocorrido entre 2003 e 2006, quando eles eram deputados estaduais.

O ex-integrante da estatal trabalhou por 42 anos no Metrô e se demitiu, voluntariamente, em 2016. Ele contou que só conseguiu chegar ao cargo de diretor da companhia por causa do “apadrinhamento político” de Garcia.

Sérgio descreveu pagamentos ilícitos relativos às obras das linhas 2-Verde, 5-Lilás e 6-Laranja do Metrô entre 2003 e 2014. As propinas eram pagas pelas empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa.

O ex-diretor se comprometeu a devolver mais de 6 milhões de reais. Pelo acordo, Sérgio Corrêa Brasil deve ficar preso em regime semiaberto por sete anos.

Alckmin, Serra e Garcia negam terem participado do esquema.

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