Na sessão de reabertura das atividades do Supremo Tribunal Federal após o recesso de julho, o procurador-geral da República, Augusto Aras, discursou brevemente nesta terça-feira 1º. Ele afirmou que este pode ser o último pronunciamento antes de sua despedida “em 26 de setembro vindouro”.
“Presto a minha solidariedade aos ministros e ministras que foram vítimas de ataques, agressões, seja em território nacional, seja alhures, e estamos adotando todas as providências necessárias”, disse o chefe do Ministério Público Federal.
Aras ainda fez um balanço de sua gestão e apontou os números de ações propostas e denúncias oferecidas ao STF.
O cargo de PGR ficará vago a partir de 26 de setembro. Uma eventual recondução de Aras ou a indicação de um novo nome é esperada até outubro. A decisão cabe ao presidente Lula, que pretende conversar com o atual procurador-geral.
Augusto Aras ganhou acenos positivos de nomes importantes do governo, como o líder no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A recondução de Aras ao cargo de PGR, porém, é criticada por outros governistas, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que classificou o eventual terceiro mandato como “um desastre”.
Lula já deixou claro que não pretende seguir a lista tríplice elaborada por entidades ligadas à PGR. Entre os favoritos para chefiar o órgão, caso Aras não tenha sucesso em sua campanha, estão o subprocurador Antônio Carlos Bigonha e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco.
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